Oferta de trabalho temporário cresce depois do aumento das vendas
O fim de ano é sem sombra de dúvida o grande momento para o comércio, principalmente para 2017 em que as vendas foram consideradas tímidas. Com a expectativa de aumento no comércio varejista em 5% em todo o Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), isso consequentemente levará a uma expansão dos postos temporários de trabalho. O aumento na demanda por trabalhadores temporários deve-se à melhora na expectativa de vendas. Segundo a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a previsão é que o Natal deste ano movimente R$ 34,7 bilhões na economia do país, o que representa um avanço de 4,8% na comparação com 2016.
As vagas temporárias são uma boa oportunidade para se colocar ou recolocar no mercado de trabalho. Dos empregos, estima-se que entre 25 e 27% conseguirão permanecer no trabalho, percentual bem superior ao ano passado, quando apenas 15% dos temporários passaram a fazer parte do quadro efetivo.
Temporários
Em relação aos candidatos, a procura por uma vaga temporária ganhou força neste fim de ano porque o desemprego ainda está em níveis elevados. Em levantamento feito em agosto, revela que a maioria dos candidatos pretendem realizar trabalho temporário neste fim de ano. O mesmo levantamento mostra, que entre aqueles dispostos a realizar trabalho temporário de fim de ano, 65% pretendem procurar um emprego do mesmo tipo no restante do ano também.
Perfil
As pessoas que buscam vagas temporárias de trabalho podem ter os perfis bastante diversos, que vão de pessoas que não podem se comprometer por um longo período e que desejam aumentar sua renda com as oportunidades temporárias, à pessoas que já buscavam uma colocação profissional e que encontram nas vagas temporárias uma oportunidade de demonstrar seu potencial.
Tratando-se do comércio e serviço, os empregadores buscam profissionais comprometidos com a empresa e com seus resultados. Uma vez que as vagas temporárias são de suma importância para o desempenho da empresa nesta época de alta, cada hora trabalhada é importante e sabemos que o fim de ano é uma época de intensa confraternização (visitas familiares, viagens e comemorações), eventos que não podem atrapalhar no desempenho do trabalho
Estima-se que 30% dos trabalhadores contratados de forma temporária devem ser efetivados após o período de festas, deste fim de ano. As chances de efetivação são maiores para aqueles que se destacarem, por isso é importante tratar o emprego temporário com excelência. Os empregadores estão observando, e, caso o prestador de serviço não seja aproveitado pela empresa, ele poderá ser recomendado para outra vaga.
Fazer o trabalho bem feito, ter atitude e colaborar com o grupo, sempre procurar agregar algo a mais; trabalhar com um sorriso no rosto, estar disposto a apreender e ajudar os outros; ser pontual, cumprir os compromissos com zelo e dedicação; vestir-se adequadamente ao ambiente de trabalho. Todas estas são dicas importantes para conseguir a vaga tão desejada.
Os direitos dos temporários com as novas leis trabalhistas O empregado temporário tem praticamente os mesmo direitos do efetivo. Isso inclui o registro em carteira de trabalho, remuneração equivalente à recebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora, jornada de oito horas, horas-extras e repouso semanal remunerado, entre outros. Quanto às verbas rescisórias, devem ser pagos o saldo de salário, 13º salário proporcional ao tempo de serviço e férias, também proporcionais ao período trabalhado.
Há uma legislação específica para esse tipo de contrato, que precisa ser seguida pelas empresas e observada pelos empregados. Pela Lei 6.019 de 1974, recentemente atualizada pela Lei 13.429 de março deste ano, as empresas podem contratar trabalhadores temporários por um período de seis meses (180 dias). Antes, o prazo inicial era de três meses (90 dias). Além desse prazo inicial, poderá haver uma prorrogação por mais 90 dias.
Para economistas, a mudança na lei não gera emprego, mas dá flexibilidade em períodos como o atual que, com a demanda incerta, a empresa não quer ampliar o quadro de efetivos. FONTE: primeirapagina-to.com.br
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